Categoria: Grandes oradores

  • Grandes oradores: os 5 discursos que mudaram a história

    Grandes oradores: os 5 discursos que mudaram a história

    Quando falamos da oratória lembramos dos pioneiros que começaram a colocar o poder da comunicação em prática. Ao longo da história tivemos diversos grandes oradores que impactaram e que ficaram marcados com suas frases e discursos que arrastavam multidões.

    Mas será que um discurso, por mais memorável que seja, pode mudar a história? As palavras certamente mobilizam as pessoas. Há ocasiões em que estão tomadas por sentimentos intensos, mas não sabem como expressá-los. Então, o discurso certo pode transformar esse bloqueio em uma ação certeira e positiva. Ou seja, um discurso pode mudar o estado de espírito de uma população, dando-lhe mais coragem ou determinação.

    Confira a seguir os cinco grandes oradores que realizaram discursos que fizeram história e mudaram o caminho da civilização.

    Grandes oradores: os 5 discursos que mudaram a história

    01 Abraham Lincoln

    Discurso: O Pronunciamento em Gettysburg (1863)

    “Oitenta e sete anos atrás nossos pais construíram neste continente uma nova nação, concebida com liberdade e imbuída da proposição de que todos os homens são iguais. […]”

    Foi em meio a um clima de dúvida e desânimo que abatia os Estados Unidos durante a Guerra Civil em 1983, que Abraham Lincoln foi ao campo de batalha para fazer um breve discurso em homenagem aos mortos no conflito de Gettysburg. Segundo a lenda popular, Lincoln escreveu esse discurso a bordo do trem que partiu de Washington, DC. Ao que consta, Lincoln achou que seu discurso foi um fracasso, e não foi o único a ter essa opinião. Um repórter do The Times observou: “A cerimônia foi ridícula devido a alguns chistes infelizes do pobre presidente Lincoln”. Lincoln e o repórter, porém, estavam equivocados. Obra-prima de oratória, este discurso de Lincoln continua sendo um dos mais citados da história e muitas vezes considerado, com a Constituição, um documento definidor dos Estados Unidos.

    02 Mahatma Gandhi

    Discurso: Não há salvação para a Índia (1916)

    “Eu quero pensar em voz alta esta noite. Não quero fazer um discurso e, se vocês acharem que estou falando sem reserva, por favor, considerem que estão apenas partilhando os pensamentos de um homem que se permite pensar em voz alta, e, se acharem que estou transgredindo os limites da polidez, me perdoem pela liberdade que porventura eu esteja tomando. […]”

    Quando Gandhi fez este discurso, o nacionalismo indiano estava ganhando impulso crescente. Ele concordava que a independência era desejável, mas sua tática para conquistá-la era revolucionária. Para ganhar uma independência real, ele argumentava que seu país teria de se mostrar merecedor. Ou seja, em vez de dirigir seu foco para os suseranos britânicos, Gandhi enfocou a própria Índia. Sua estratégia inédita e ousada para a obtenção da independência, porém, se disseminou. Na década de 1920, Gandhi já era uma espécie de santo vivo na Índia. Em 1947, após décadas de luta, os britânicos finalmente tiveram de abrir mão de seu domínio. Gandhi, com sua missão cumprida, foi assassinado no ano seguinte.

    03 Martin Luther King Jr.

    Discurso: Eu tenho um sonho (1963)

    “[…] Eu tenho um sonho de que um dia esta nação irá se levantar e viver de acordo com o verdadeiro sentido de sua crença: “Consideramos essas verdades evidentes, que todos os homens são criados iguais”. Eu tenho um sonho de que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos de ex-escravos e os filhos de ex-donos de escravos serão capazes de se sentar juntos à mesa da fraternidade. Eu tenho um sonho de que um dia até o estado do Mississippi, um estado abafado pelo calor da injustiça, abafado pelo calor da opressão, será transformado em um oásis de liberdade e justiça. Eu tenho um sonho de que meus quatro filhos pequenos um dia viverão em uma nação na qual não serão julgados pela cor de sua pele, mas pelo teor de seu caráter. […]”

    O discurso de Luther King foi um marco na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos. Suas palavras ardentes, que misturavam argumentos intelectuais, retórica bíblica e estímulo patriota, deram novo alento aos defensores da igualdade racial. Graças a seu discurso, os políticos em Washington passaram a dar atenção à causa negra. Em 1964, o governo dos Estados Unidos finalmente aprovou a Lei de Direitos Civis selando o término oficial da segregação. Um ano depois, a Lei sobre o Direito ao Voto acabou com a proibição de os afro-americanos votarem.

    04 Nelson Mandela  

    Discurso: Que reine a liberdade (1994)

    “[…] Entendemos, porém, que não há caminho fácil para a liberdade. Sabemos bem que nenhum de nós sozinho pode alcançar o êxito. Portanto, devemos agir juntos como um povo unido pela reconciliação nacional, pela construção da nação e pelo nascimento de um novo mundo. […]”

    Grande parte do povo sul-africano era desesperadamente pobre e marginalizado por décadas de discriminação. Felizmente, o país encontrou em Mandela um líder de visão verdadeiramente inspiradora. Em pronunciamentos, como este de seu discurso de posse, ele difundiu a mensagem de que esta era uma nova época para todos os sul-africanos, não uma revolução feita por alguns à custa de outros. A fala de Nelson Mandela foi determinante na luta pelos direitos iguais entre negros e brancos na África do Sul e no mundo. Ainda hoje, na “Nação Arco-Íris”, apesar de seus problemas sociais profundamente enraizados, a liberdade continua reinando.

    05 Barack Obama

    Discurso: Discurso da Vitória (2008)

    “Se existe alguém por aí que ainda duvida que a América é um lugar onde todas as coisas são possíveis; que ainda indaga se o sonho de nossos fundadores continua vivo até hoje; que ainda questiona o poder da nossa democracia, esta noite é a resposta. […]”

    Para muitos que estavam presentes no dia da posse, Obama, com sua mensagem de esperança e mudança, mais pareceu um salvador do que um político. Em uma pesquisa feita imediatamente após o discurso da vitória, a maioria dos americanos citou Obama como seu “herói pessoal”, à frente inclusive de Jesus, Abraham Lincoln e Madre Teresa de Calcutá, pois era moderno, vigoroso e internacional. Obama foi muito criticado durante seu mandato com relação as guerras no Oriente Médio e a economia, porém, mostrou que tinha novas ideias, e, quando necessário, sabia muito bem como transmiti-las.

    Agora que você já sabe quais foram os 05 grandes oradores que mudaram a história, que tal começar a colocar a mão na massa para fazer a diferença em suas apresentações? Ah, e não deixe de conferir o post sobre as técnicas dos grandes oradores da história.

    Se precisar de ajuda ou alguma dica para construir uma apresentação, clique aqui e entre em contato com a gente. Nossas especialistas estão aguardando por você! 

  • Oradores: os 6 tipos que o público não gosta de escutar

    Oradores: os 6 tipos que o público não gosta de escutar

    Você sabia que, durante uma conversa, perdemos o foco mentalmente a cada 6 segundos? Mesmo que o assunto esteja super interessante, de repente, do nada, surge um pensamento aleatório “Xi! Vai chover… será que eu fechei a janela lá em casa?” Se ganhar a atenção de alguém em um simples diálogo já é difícil, imagine o esforço que envolve conquistar 10, 20 ou 300 pessoas? Quando um oradores entram em ação, precisam usar da melhor forma o tempo que seu público está dedicando a ele.

     

    Aqui na Tudo Comunica estamos constantemente assistindo e construindo discursos e, ao longo dos anos de trabalho, identificamos alguns hábitos que podem tornar sua apresentação maçante. Criamos este post para despertar em você uma reflexão sobre suas apresentações em público. Queremos que sua fala seja inesquecível – de forma positiva, é claro.

    Hoje vamos revelar os tipos de oradores que desagradam o público de uma maneira geral. Será que você está entre eles? Conheça os personagens e os erros que costumam cometer.

     

    Oradores: os 6 tipos que o público não gosta de escutar

     

    Oradores: sabichão

    • Ele sabe tudo, mais do que qualquer um.
    • Faz um discurso muito frio e impessoal, distanciando-se do público.
    • Na tentativa de transmitir credibilidade e segurança, usa uma linguagem densa e técnica.
    • Entra em detalhes que fogem da ideia básica.
    • Tem dificuldade em respeitar o tempo das apresentações por explicar demais.
    • Não aceita críticas, sugestões e posicionamentos diferentes vindos da plateia.

     

    Oradores: disperso

    • Tem dificuldade em fazer o público acompanhar sua linha de raciocínio.
    • Introduz pensamentos que lhe ocorrem no momento, sem estar relacionado ao objetivo da apresentação.
    • Não tem uma estratégia de comunicação clara, por acreditar que improvisar é suficiente.
    • Tenta envolver a plateia com vídeos, dinâmicas, músicas, e exemplos sem ligação direta com o tema.
    • Permite muitas interrupções do público, que toma controle do evento.

     

    Oradores: ator

    • Prepara-se para a palestra como se fosse uma cena de filme, decorando cada palavra do discurso.
    • Não tem capacidade de improvisar em situações inesperadas.
    • Interpreta um personagem, de forma artificial.
    • Não participa da preparação do conteúdo que vai apresentar.

     

    Oradores: engraçadinho

    • Tem uma linguagem corporal demasiadamente relaxada e informal, transmitindo indiferença com o público.
    • Confunde uma apresentação com um monólogo de comédia, exagerando nas piadas.
    • Acredita que seu senso de humor é universal e que vai ajudar a conquistar qualquer público.
    • Usa mais tempo contando histórias do que passando conteúdo.

     

    Oradores: narcisista

    • Coloca-se em destaque durante toda a apresentação. “Eu fui“, “Eu vi“, “Eu pensei“, “Eu disse“…
    • Suas apresentações são basicamente sobre suas opiniões e experiências.
    • Se preocupa muito com o que vão pensar a seu respeito.
    • Acredita que seu carisma pessoal é suficiente para prender a atenção do público.
    • Não se coloca no lugar da plateia para identificar seus interesses.

     

    Outros hábitos de oradores que o público não gosta

    • Usar a mesma palestra em todos os lugares, sem adaptar o conteúdo para a realidade do público.
    • Excesso de informações no material projetado, o que dificulta a leitura.
    • Fala monótona, sem emoção.
    • Vícios de linguagem muito presentes, que se tornam um ruído na fala, “né”?

     

    Sempre que falamos em público estamos compartilhando alguma informação. Pode ser uma história vivida, uma ideia nova, um projeto desenvolvido durante semanas ou os resultados do semestre. Agora, imagine-se em uma sala com 30 pessoas. Você lá na frente, esforçando-se para comunicar a mensagem da melhor forma, e o público totalmente desinteressado. Um aqui mexendo no celular, dois ali conversando baixinho, outro lá no fundo quase cochilando. Esse momento tão importante para você se transforma em uma cena desconfortável e frustrante.

     

    Vamos fazer um teste rápido?

    Leia as duas frases abaixo e escolha uma que combina mais com a sua forma de pensar.

    1. Comunicação não é o que eu falo e sim o que o outro entende.
    2. Sou responsável pelo que eu falo e não pelo que o outro entende.

     

    Para esse teste não existe resposta correta, mas sim, a mais estratégica.

    É bem verdade que você pode preparar uma apresentação com toda a dedicação, dar o seu melhor e, mesmo assim perceber que o público está disperso. As pessoas que te assistem podem se desinteressar por uma infinidade de motivos, como cansaço, uma dor de cabeça, problemas na família, questões profissionais a resolver, estar ansioso com algum compromisso, e por aí vai.

     

    Quando isso acontece, a vontade é de falar o necessário, fazer o seu papel e ir embora logo. “Se alguém não entendeu o problema é dele, que não prestou atenção”. Esta seria a opção B. Mas, convenhamos, se a opinião e o apoio dos outros não fosse importante não precisaríamos nos comunicarmos, apenas pensar  já seria suficiente.

    A questão é que quem comunica tem compromisso com o que o outro entende. Afinal, se ele entender errado, quem sai perdendo é você. Os resultados de uma mensagem não compreendida podem ser os mais diversos que se possa imaginar, menos o que você realmente precisava.

    Este é o grande desafio da comunicação, pois para garantir que o outro entenda você é preciso dedicação e estratégia. Para conquistar uma promoção, receber um investimento, propor ideias de mudança, ajudar as pessoas com uma reflexão… seja qual for seu objetivo, é fundamental usar a comunicação de forma inteligente para atingi-lo.

     

    Mas como agradar meu público?

    O que queremos não é exatamente agradar, mas conquistar confiança e admiração. Para isso não existe um padrão de comunicação ideal, uma fórmula pronta que possa ser colocada em prática. Cada pessoa tem características únicas para se expressar e isso nos torna especiais e diferentes. Mas algumas dicas são infalíveis.  

     

    Veja o que o público espera:

     

    Identificação

    O grande segredo para o público se identificar com você é muito simples e nada fácil: seja você mesmo. Muitas vezes no desejo de agradar a todos e nos encaixarmos no “padrão” da sociedade, nos tornamos um ser estranho, sem forma definida, que não agrada ninguém. Busque autoconhecimento e revele-se. Poucos têm coragem de fazer isso, mas o público vai perceber sua autenticidade.

    Para aproximar quem assiste também é importante simplificar ao máximo seu discurso, dentro das formalidades exigidas, é claro. Use palavras de fácil compreensão e conte histórias reais para que o público encontre na sua fala a solução que tanto precisava.

     

    Emoção

    É possível ter um discurso que toca o público até mesmo ao apresentar um relatório cheio de gráficos. Existem várias ações que comovem as pessoas, entre elas, projetar uma imagem inspiradora, dizer uma frase que leva à reflexão, conectar-se ao público com o olhar e variar a voz para reforçar o sentido das palavras. Nossas memórias são marcadas principalmente pelo que sentimos. Lembre-se disso quando for construir uma apresentação.

     

    Benefícios

    Compartilhe informações claras e úteis. Tenha esse princípio em mente desde o momento em que começa a preparar sua apresentação. Busque por dados atualizados e interessantes. Se o que você tem a dizer pode ser dito em apenas um e-mail, então o faça. Caso contrário, seu público precisa sentir que não poderia perder esse momento por nada. Faça valer a pena!

    A boa comunicação é uma habilidade que sempre pode ser aperfeiçoada. O primeiro passo é informação. Por acaso é isso que estamos fornecendo para você aqui. Observe sua comunicação e busque e identificar os pontos nos quais você pode melhorar.

     

    Ao preparar cada discurso, cada palestra, sempre se pergunte: como posso fazer melhor? E não é melhor do que os outros mas, sim, melhor do que você foi na última vez.

     

    E aí? Você se viu em algum dos personagens ou lembrou de oradores que assistiu? Compartilhe esse conteúdo para ajudarmos mais pessoas a se comunicarem melhor.

     

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    Oradores